quarta-feira, 9 de abril de 2008

Gente Fina - Gente da PRT 163



Gente Fina - Gente Capitão

Turistas e caminhoneiros que passam pela PRT163, logo após a Ponte Leonel Brizola entre Realeza e Capitão Leônidas Marques, vão encontrar vários estabelecimentos na beira da estrada. Hoje o meu alvo é o Salame Gente Fina – tradicional ponto de parada para muita gente que trafega pela rodovia estadual em transição. O ponto foi idealizado pelo catarinense de Concórdia, Alves Civa, conhecido somente por Gente Fina. “Este é uma apelido que carrego desde o tempo em que estava no Exército Brasileiro no Rio de Janeiro”, explica Gente Fina que há 30 anos está em Capitão Leônidas Marques.

A especialidade do Gente Fina é o salame. Uma vez ele bateu o recorde dele mesmo ao comprar de produtores da região 84 toneladas de carne suína para fazer lingüiça e salame. “Claro que disso aí para fazer lingüiça a gente usa 30%, faça as contas. Para cada 100 quilos de carne a gente usa 3o quilos para os embutidos”. Não é a toa que o Gente Fina está na lista dos atrativos turísticos de Capitão Leônidas Marques. É uma lista de estabelecimentos com vocação e preparo para participar do Programa do Turismo na Agricultura Familiar – TRAF.

Mas além dos embutidos como salame de lombinho, de copa, morcilha branca, costelinha, a produção familiar do Gente Fina inclui pães caseiros, baycon defumado, kits para feijoada, torresmo, banha e outros produtos. “Muita coisa a gente só faz para atender encomendas. Tem caminhoneiro do Mato Grosso, da Bahia que trazem pedidos de amigos que dizem, passa no Gente Fina e traz isso ou aquilo”.

Não faltam outros itens como feijão. Gente Fina lembra que Capitão Leônidas Marques já foi a capital paranaense do feijão e que já teve até a Festa do Feijão. E certa vez, na festa, ele ganhou um prêmio por ter o pé de feijão com a maior quantidade de grãos: 1.480. O secretário da Indústria, Comércio e Turismo de CLM, Laire Dal Prá presenciou a entrevista e confirmou a grande importância do feijão para Capitão. “Até hoje, muita gente produz feijão que dá duas safras na região”, disse Dal Prá.

A estrutura do Gente Fina se encontra próximo à Capela e Centro Comunitário da comunidade de Linha Hortelã. Essa foi outra grande cultura de Capitão, o hortelã e a Linha Hortelã era a sede da maior produção. “Hoje não sei se alguém tem hortelã por aqui”, lamenta. O Salame Gente Fina está no mesmo local desde a época em que para atravessar o rio Iguaçu, se utilizava balsas. “O movimento era muito menor”, lembra. A ponte veio em 1978. Desde então muito mudou inclusive a quantidade veículos na PRT. Fora tudo o que foi dito, o Gente Fina é aínda um lugar que vende artesanato de artesãos locais, regionais e gaúchos.


Este material foi publicado originalmente no blog PRT163

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